‘’ADEUS A UM AMIGO’’
Abraço-me com os meus 35 anos de Canadá. Ao deixar a pequenita ilha de Santa Maria, cheguei aqui e deparei com um monstruoso obstáculo que todos nós bem conhecemos, ‘’ A saudade da nossa querida terra’’. Para que essa saudade não fosse tão dolorosa, sempre tive como opção o convívio e a amizade dos marienses que aqui viviam, principalmente nas festas do Espírito Santo à moda de Santa Maria.
Nesse grupo de marienses sempre esteve presente o amigo José do Rego, recentemente falecido. Fomos colegas de trabalho na fábrica das Ambulâncias durante vários anos.
Zé do Rego, como nós o chamavamos, com defeitos e virtudes, como qualquer ser humano, sempre demonstrou um grande carinho e afecto pelas festas do Espírito Santo da nossa tradição açoreana. Quem quisesse ver o Zé contente e feliz era só falar em impérios. Não sendo pessoa bairrista, como muitos que por aqui se vê, que só pertencem a um clube, só amam uma colectividade, mas fazem delas com delas, o amigo Rego colaborava com qualquer Organização, fosse ela de que ilha fosse, e agora por fim era ele o presidente do Império das Crianças do Oriental Sports Club. Não sei se todos os orientalistas sabem, e por isso gostaria de publicamente dizer que se o Oriental hoje é grande, José do Rego contribuiu para o seu crescimento.
Quando em 2005 o Oriental sofreu um rombo de cinquenta e tal mil dolares, e correu o risco do seu nome desaparecer, porque as dívidas eram enormes, o dinheiro sumia-se não se sabe para onde, não havia dinheiro no banco, as taxas estavam em atraso e o Império das crianças nada tinha.
Quando alguém tomou as rédeas do clube, trás Zé do Rego para o comando do império e ele arregaça as mangas e começa a trabalhar, pedindo ajuda a este e aquele, com aquele jeitinho que ninguém tinha coragem de dizer não, e nesse mesmo ano o Império do Oriental faz a sua festa, paga o que deve e já fica com dinheiro no banco.
A grande maioria dos orientalistas vão sentir a sua falta, e o Império das Crianças pode arranjar alguém igual ao José, mas melhor, eu até desconfio.
Embora houvesse pessoas que não gostavam de ceder às ordens por ele dadas, talvez por se sentirem inferiorizados ou por serem mais novos, ou terem mais escola e por pensarem que tinham outra classe e capacidade, até quase demostraram nas últimas festas do Império que esperavam para que ele terminasse os últimos dias da sua vida para se poderem exibir.
Pois para esses aqui vos digo, o caminho está livre, José do Rego não estorva mais, e nós os que forem vivendo, esperamos ver esses grandiosos talentos em sucesso.
Para aqueles que são como eu, que sempre vimos o amigo Rego dar o seu melhor nos impérios, últimamente no Império do Oriental, só nos resta recordá-lo em cada festa que haja e pensarmos que um ou dois minutos de silêncio será um respeito em sua homenagem, mas nada pagará o que por ele foi feito nas nossas tradicionais festas do Divino Espírito Santo.
Adeus amigo ! Que Deus dê à tua alma o brilho que tu gostavas de dar ao Império das Crianças.
Nesse grupo de marienses sempre esteve presente o amigo José do Rego, recentemente falecido. Fomos colegas de trabalho na fábrica das Ambulâncias durante vários anos.
Zé do Rego, como nós o chamavamos, com defeitos e virtudes, como qualquer ser humano, sempre demonstrou um grande carinho e afecto pelas festas do Espírito Santo da nossa tradição açoreana. Quem quisesse ver o Zé contente e feliz era só falar em impérios. Não sendo pessoa bairrista, como muitos que por aqui se vê, que só pertencem a um clube, só amam uma colectividade, mas fazem delas com delas, o amigo Rego colaborava com qualquer Organização, fosse ela de que ilha fosse, e agora por fim era ele o presidente do Império das Crianças do Oriental Sports Club. Não sei se todos os orientalistas sabem, e por isso gostaria de publicamente dizer que se o Oriental hoje é grande, José do Rego contribuiu para o seu crescimento.
Quando em 2005 o Oriental sofreu um rombo de cinquenta e tal mil dolares, e correu o risco do seu nome desaparecer, porque as dívidas eram enormes, o dinheiro sumia-se não se sabe para onde, não havia dinheiro no banco, as taxas estavam em atraso e o Império das crianças nada tinha.
Quando alguém tomou as rédeas do clube, trás Zé do Rego para o comando do império e ele arregaça as mangas e começa a trabalhar, pedindo ajuda a este e aquele, com aquele jeitinho que ninguém tinha coragem de dizer não, e nesse mesmo ano o Império do Oriental faz a sua festa, paga o que deve e já fica com dinheiro no banco.
A grande maioria dos orientalistas vão sentir a sua falta, e o Império das Crianças pode arranjar alguém igual ao José, mas melhor, eu até desconfio.
Embora houvesse pessoas que não gostavam de ceder às ordens por ele dadas, talvez por se sentirem inferiorizados ou por serem mais novos, ou terem mais escola e por pensarem que tinham outra classe e capacidade, até quase demostraram nas últimas festas do Império que esperavam para que ele terminasse os últimos dias da sua vida para se poderem exibir.
Pois para esses aqui vos digo, o caminho está livre, José do Rego não estorva mais, e nós os que forem vivendo, esperamos ver esses grandiosos talentos em sucesso.
Para aqueles que são como eu, que sempre vimos o amigo Rego dar o seu melhor nos impérios, últimamente no Império do Oriental, só nos resta recordá-lo em cada festa que haja e pensarmos que um ou dois minutos de silêncio será um respeito em sua homenagem, mas nada pagará o que por ele foi feito nas nossas tradicionais festas do Divino Espírito Santo.
Adeus amigo ! Que Deus dê à tua alma o brilho que tu gostavas de dar ao Império das Crianças.
Ass. ARMÉNIO SOARES
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