JOAQUIM CANHOTO
ANTIGO MASSAGISTA DO ORIENTAL
O REMATE – De onde é natural.?
JOAQUIM CANHOTO- Nasci em Portugal em Fátima e fui residente na Batalha
O REMATE – Em que ano emigrou para o Canadá.?
JOAQUIM CANHOTO – Emigrei para aqui em 15 de Março de 1972, em Portugal fui enfermeiro durante 5 anos nos paraquedistas, fiz uma missão em Moçambique e quando regressei então emigrei para o Canadá com a minha esposa.
O REMATE – Como aconteceu vir a ser massagista do Oriental.?
JOAQUIM CANHOTO – Essa ideia nasceu porque quando eu vim de Listowell para Cambridge em 1974 eu era vizinho do António Lourenço que foi árbitro aqui em Cambridge ele então fez-me o convite para ser o massagista do Oriental, e estive lá durante algum tempo.
O REMATE – Desse tempo lembra-se de alguns jogadores que estavam na equipa.?
JOAQUIM CANHOTO – Lembro-me de alguns jogadores como o Jorge Medina, conhecido por Bessa, o Vitória, o Melão o Pereira e mais alguns que de momento não me vem à ideia.
O REMATE – E quanto tempo esteve como massagista no Oriental?
JOAQUIM CANHOTO – Estive de massagista durante três ou quatro meses.
O REMATE – Tem alguma história que se tenha passado consigo e que vai ser difícil esquecer.?
JOAQUIM CANHOTO – A única história que tenho é que tinha gostado de continuar como massagista do clube mas derivado a algumas preocupações que houve da parte do futebol fez que me afastasse e nunca mais voltei, mas mesmo afastado ainda cuidei de alguns jogadores do Oriental em casa, na altura eu morava num apartamento por cima da loja dos Botelhos e como disse, era vizinho do árbitro António Lourenço.
O REMATE – Como massagista que foi decerto que encontrou alguns jogadores com lesões mais ou menos graves, não foi assim?.
JOAQUIM CANHOTO- O melhor trabalho que eu fiz, foi sem dúvida recuperar alguns jogadores que estavam lesionados e que o anterior massagista não tinha conseguido, e eu como já tinha saído fui convidado pelo senhor Lourenço. Ele arranjou um aparelho e eu tratei deles em minha casa, nessa altura havia um final no Centennial em Kitchener e como o outro massagista não conseguiu por esses jogadores a jogar e como eram importantes na equipa, eu fiz com que eles fossem jogar e o Oriental pode agradecer a mim, massagista Joaquim Canhoto, por ter ganho o jogo.
O REMATE – Sei que tem um filho a jogar no Oriental, que diferenças encontra entre o futebol de agora e daquele que era jogado no seu tempo.?
JOAQUIM CANHOTO – No meu tempo claro que o Oriental tinha uma boa equipa, hoje posso dizer que tem melhor porque nessa altura os jogadores eram de mais idade, trabalhavam eram pais de família, muitos deles trabalhavam na Walkers, presentemente a equipa é formada por muitos rapazes novos têm outra velocidade que não tinham antigamente e posso também dizer porque tenho lá um filho que é defesa do Oriental o Gary Canhoto o número sete, que tenho muito prazer dele estar envolvido com o futebol porque o pai também esteve envolvido com o futebol aqui no Canadá.
O REMATE – Pensa que a juventude actual que joga na KDSL o está a fazer por amor à camisola.?
JOAQUIM CANHOTO – Sem dúvida que o Oriental presentemente e nos anos que virão está bem servido porque os portugueses gostam de jogar à bola, como eu o fiz quando estava na tropa, e esta equipa tem muita velocidade, muita vontade do treinador e jogadores, além de não receberem nada, mas querem mostrar que os portugueses gostam de futebol e têm vontade de chegar mais longe do que as equipas dos anos anteriores.
O REMATE – Para terminar quer deixar alguma mensagem nestas páginas do REMATE.?
JOAQUIM CANHOTO – Dou os parabéns porque aquilo que há hoje não havia antigamente que é reportar certas coisas que há no nosso futebol, no futebol português, especialmente no Oriental, que tudo corra bem e que os portugueses tenham mais vontade de se envolver no futebol porque é um bom sinal para nós no futuro.
HILDEBERTO ALVES
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