Friday, October 17, 2008

LEÕES VENCEM TAÇA

PLAY-OFFS 2008

LEÕES, 2 – HRVAT-A, 1

Woodside Park, Kitchener

EQUIPAS:

Leões de Kitchener ( Titulares e Suplentes): Andrew Luffman; Lloyd Cruz, Humberto Pereira, Jorge Pereira, Keith Araújo, Walter Picanço, Dan Krauter, Andrew Sonzsole, Jacques Awakian, Andrew Haws, Darrel de Serpa, Manny Pacheco, Joseph Ashkarian, Manuel Pereira, Joshua Veiga.

Treinador: Manuel Pereira

Hrvat-A: ( Titulares e Suplentes ) : Dennis Markovic; Anthony Pfiffer, Skylarr Rothernel, Steve Antolcic, Oliver Kopilas, Eddie Adu-Lartey, Paul Thompson, Chris Matas, Paywan Charkhzarin, Andy Papa, Frank Muretic, O’Reiley, Dominik, Scott Hutchison, Steve Hill

Treinador: Chris Belanger

Noite fria, estado do terreno em péssimas condições e algumas centenas de espectadores em redor do campo, foi este o cenário que Leões de Kitchener e Hrvat-A encontraram no Domingo dia 5 de Outubro na final da taça dos play-offs.

O jogo começou praticamente com um estudo mútuo das duas equipas cada qual procurando descobrir os pontos fracos do adversário, mas precisamente ao minuto seis os Leões adiantaram-se no marcador com um golo de Darrel de Serpa.

O onze leonino não podia desejar melhor começo de jogo para dar confiança à equipa perante um adversário de respeito e que é uma espécie de ‘’ papa-taças’’, só que os Leões souberam, e muito bem, contornar o seu adversário, não se intimidando e jogando taco a taco, tendo por isso o jogo sido disputado quer num quer noutro meio-campo, oportunidades de golo, essas houve para os dois lados.

O Hrvat sentiu o golo sofrido e começou por jogar em intimação, isto é, os seus jogadores começaram a usar entradas à margem das leis sobre os rapazes dos Leões e o jogo viveu momentos de alguma tensão com o árbitro a não reprimir essas entradas faltosas com a exibição de cartões, mas verdade se diga em algumas jogadas os Leões também retribuíram e o jogo ficou um pouco quezilento, mas felizmente o intervalo chegou para acalmar os jogadores.

A segunda parte começou da pior maneira para os Leões já que no segundo minuto sofreram o golo do empate.
Tudo voltava à estaca zero, mas o golo sofrido foi para os Leões como um bálsamo de energia e vontade de dar a volta ao resultado pois a partir daí começaram a ser a equipa mais dominante, e inclusivamente desbobinando alguns jogadas de bom recorte técnico com a bola a rondar com perigo a baliza do Hrvat, os remates apareciam só que a sorte não estava com os Leões e a bola teimava em não entrar.

Finalmente, aos 15 minutos uma boa jogada de Andrew Sonzsole culminou em golo, a jogada foi toda desenrolada pelo lado esquerdo, houve um primeiro remate defendido pelo guarda-redes, mas na recarga Andrew não perdoou colocando, com toda a justiça, os Leões na frente do marcador.

A esperada reacção do Hrvat-A não se fez esperar, mas os rapazes leoninos, jogando em bloco, souberam anular as tentativas adversárias, e em contra-ataque iam criando amargos de boca na defensiva contrária.

Aos 35 minutos os Leões podiam ter matado o jogo e acabado com o sofrimento dos seus adeptos, mas o remate dum avançado, penso que Andrew Sonzsole saiu a rasar o poste.

Os últimos momentos do encontro foram vividos com alguma ansiedade, muito por culpa da equipa de arbitragem que, a protesto de qualquer entrada mais víril, marcava faltas perto da área dos Leões felizmente sem consequências.

Outro pormenor de anotar foi que quase todos os pontapés de canto marcados pelo Hrvat eram feitos com a bola sem ser colocada no circulo de canto, geralmente o jogador colocava a bola alguns centímetros mais à frente e o senhor árbitro nunca chamou à atenção aos marcadores, se algum jogador dos Leões chamava-lhe a atenção para esse facto era logo repreendido verbalmente.

Não queremos com isto dizer que a arbitragem estava a ser tendenciosa, mas em alguns momentos deu essa sensação, principalmente no segundo tempo onde a dualidade de critérios foi muita vez notória.

Esta foi a primeira vez que vimos actuar os Leões de Kitchener, e sinceramente deixou-nos agradavelmente surpreendido com o conteúdo futebolístico de alguns jovens. Está ali uma equipa recheada de muitos jovens valores, que podem muito bem ser o futuro desta equipa leonina, qualidade não lhes falta, acho que mais incentivados e com melhores condições podem vir a formar uma equipa de boa qualidade, como era aliás apanágio dos Leões nos saudosos anos de 70 e 80 e mesmo 90 que possuíam sempre grandes equipas de futebol com jogadores de qualidade acima da média.

Da arbitragem já falamos, não nos agradou, usou de excessiva autoridade e não soube segurar o jogo nos momentos em que este ia entrando numa toada mais agressiva.

LAURÉNIO RESENDES

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